Brasil - Sexta-feira, 14 de Janeiro de 2011.
Por Leandro Duarte / Editorial: AG Political Heal
Ano passado foi um ano onde o Brasil teve que eleger novos políticos para fazerem o que bem entenderem com o nosso péssimo salário. Foram propagandas bonitas. Mostraram coisas boas e coisas que precisam melhorar no país. Campanhas que interrompiam nossa péssima e horrível programação na TV.
Graças a uma manobra dos líderes dos
partidos o eleitor poderá começar a pagar mais do que já paga por estas propagandas. No final de 2010 os líderes dos partidos aumentaram em R$ 100 milhões a destinação de recursos públicos para o Fundo Partidário em 2011.
Durante o processo do Orçamento, a quantia que o governo ira dar para o funcionamento dos partidos aumentou em 62%. Para se ter uma ideia, R$ 100 milhões é o suficiente para sustentar por um ano cerca de 100 mil beneficiários do programa Bolsa Família. O aumento de 100 milhões foi aprovada por TODOS os partidos, segunda a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), relatora do orçamento. A unanimidade tem uma explicação: todas as legendas foram beneficiadas.
O PT, por exemplo, ganhou uma receita extra de R$ 16 milhões - o equivalente a 60% da dívida deixada pela campanha presidencial de Dilma Rousseff (PT). A fatia adicional do PSDB é de R$ 11 milhões, valor suficiente para cobrir todas as pendências da campanha do ex-presidenciável José Serra, estimadas em cerca de R$ 9,6 milhões.
Tanto o PT quanto o PSDB afirmaram, por suas assessorias de imprensa, que não usarão recursos do Fundo Partidário para saldar dívidas. Representantes de partidos admitem, porém, abertamente ou de forma reservada, que a elevação do repasse público para as legendas está relacionada às dívidas contraídas durante a última campanha. "Muita gente saiu devendo da campanha", disse o ex-deputado Saulo Queiroz, tesoureiro do DEM. "É lógico que isso (o dinheiro do Orçamento) ajuda a pagar as contas", afirmou, fazendo a ressalva de que seu partido não tem dívidas. "No nosso caso, o ganho será real."
Como sempre o povo brasileiro pago pelas regalias dos políticos. Os partidos recebem dinheiro do povo e dinheiro de doações
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