Motivados por revolta na Tunísia, egípcios protestam contra ditador Hosni Mubarak

Brasil - Quarta-feira, 26 de Janeiro de 2011.
Por Leandro Duarte / Editorial: AG Political Heal     

Muhammad Hosni Said Mubarak está a 29 anos no poder

            Em 17 de dezembro de 2010, uma série de protestos começaram na Tunísia. De lá pra cá, muitas coisas aconteceram e no último dia 14, o ditador Zine al-Avidine Bem Ali, que estava a 23 anos no poder pediu renuncia. Um ditador no oriente médio “cair” significa muito para a política internacional. Já se cogitava a possibilidade deste caso isolado incentivar outras pessoas em outros países, saírem às ruas contra seus ditadores. E foi o que aconteceu ontem (25) no Egito.
            A onda de protestos deixou ao menos três mortos. As mortes aconteceram nas cidades de Suez e Cairo. Milhares de egípcios saíram as ruas e enfrentaram a polícia nos maiores protestos contra o governo desde os anos 70. Assim como aconteceu na Tunísia, os manifestantes se manifestaram através de redes sociais como, Twitter e Facebook.
No Cairo, Alexandria e Suez, os manifestantes agitavam bandeiras da Tunísia e do Egito e cantavam os mesmos gritos utilizados em Túnis. A polícia respondeu com canhões de água e bombas de gás lacrimogêneo. O presidente Hosni Mubarak, no poder desde 1982, e seu filho Gamal, tido como seu sucessor, também foram alvo dos protestos.
Os manifestantes pedem por três coisas: a lei de emergência que restringe liberdade civis; a saída do ministro do Interior; a adoção de um limite de tempo ao mandato presidencial.
A secretaria de estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, disse que: "Apoiamos os direitos de liberdade de expressão e opinião de todas as pessoas, e pedimos que todas as partes mantenham a calma e evitem a violência”. Usando de suas habilidades diplomáticas, Hillary ao mesmo tempo que apoiou o povo, disse que "Acreditamos que o governo egípcio é estável e está estudando maneiras de responder às necessidades e interesses legítimos de seus cidadãos", concluiu. O Egito é, ao lado da Arábia Saudita, o principal aliado dos EUA no Oriente Médio. (Fonte: Folha.com – clique para ver a matéria original)

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